APLB marca presença em debate sobre saúde e direitos das pessoas transexuais e travestis

APLB marca presença em debate sobre saúde e direitos das pessoas transexuais e travestis

A saúde e direitos das pessoas transexuais e travestis foi tema de debate realizado na manhã desta segunda (23/01), através do site Dois Terços, com apoio do Wish Hotel da Bahia e a Ambev. A direção da APLB-Sindicato esteve representada pelas diretoras Jhay Lopes, do Núcleo Transformação e Silvana Coelho, diretora do Social. O evento foi realizado no Wish Hotel da Bahia.

Para abordar o tema, a otorrinolaringologista Dra. Erica Campos, o advogado Nathan Lopes e a ativista e assessora parlamentar Paulett Furacão, estiveram presentes. O encontro marca as celebrações do Mês da Visibilidade Trans, comemorado no dia 29 de janeiro com diversas atividades. O objetivo é chamar a atenção da sociedade para as pautas das pessoas trans. 

“Parabenizo aos organizadores do evento! Mas ainda há muito a avançar, por isso, a APLB não poderia deixar de participar de um debate importante como esse. Todas as pessoas nascem livres e iguais em dignidade e direitos. Temos que nos comprometer com a vida e falar todos os dias sobre saúde, educação e principalmente a transfobia, porque ela nos adoece e mata. Infelizmente ainda ocupamos o pódio do país que mais mata mulheres trans, travestis e homens trans. É preciso reforçar que não há solução individual para problemas coletivos. Essa é uma responsabilidade de todas, todos e todes”, enfatizou Jhay.  A diretora ainda agradece ao site dois Terços na pessoa de Genisol Coutinho.

Direitos trans são direitos humanos

As manifestações e mobilizações coletivas de diversas organizações e movimentos sociais liderados por mulheres trans e travestis, homens trans e transmasculines resultaram em importantes avanços e conquistas relacionadas à saúde.

Em 1990, a Organização Mundial de Saúde (OMS) retirou a homossexualidade da lista internacional de doenças mentais. Em 2004, foi instituído o Dia Nacional da Visibilidade Trans. Em 2006, o SUS passou a aceitar o uso do nome social para a população trans e em 2008 é conquistado o Processo Transexualizador através do sistema. O primeiro ambulatório de Saúde do Brasil dedicado exclusivamente para pessoas trans foi inaugurado, em 2009, em São Paulo.

Atualmente, há cerca de 33 espaços, entre hospitais e ambulatórios, especializados no processo transexualizador. O fato é considerado um avanço para a população trans brasileira, contudo, a luta para a efetivação desse programa ainda é necessária, diante de todos os ataques e violências que a população LGBTQIA+ vivencia.

Em 2018, a OMS retirou da transexualidade a classificação como transtorno mental e em 2022 ela passou a constar como incongruência de gênero na Classificação Internacional de Doenças (CID).

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