APLB apoia Dia Mundial de Luta contra a Aids

APLB apoia Dia Mundial de Luta contra a Aids

Neste 1° de Dezembro, dia em que é celebrado o Dia Mundial de Luta contra a Aids, o Brasil tem pouco a comemorar. Dados divulgados na quarta-feira, 30, pelo Ministério da Saúde mostram que as taxas registradas no ano passado de infecções e de óbitos são praticamente as mesmas relatadas há dez anos.

As taxas de mortalidade cresceram nas Regiões Norte e Nordeste e caíram no Sudeste, entre 2005 e 2015. Como consequência, a estatística nacional fica inalterada. São 5,6 óbitos a cada 100 mil habitantes.

Atualmente, cerca de 112 mil pessoas no Brasil vivem com o HIV e desconhecem essa condição. Pelos cálculos do Ministério da Saúde, outras 260 mil sabem que têm o vírus, mas não querem iniciar o tratamento.

Preconceito

Apesar de o Brasil ter um dos melhores tratamentos de Aids em todo mundo, a questão do preconceito ainda é um grande entrave para o tratamento. Resultados de uma pesquisa mundial, chamada ATLIS (AIDS Treatment for Life International Survey ou Pesquisa sobre Tratamento para a AIDS em Âmbito Internacional), realizada com cerca de 3 mil pessoas soropositivas em 18 países (inclusive o Brasil) mostram que o maior medo dos pacientes HIV positivos é com o preconceito e exclusão social. Por isso cerca de 34% dos entrevistados haviam largado a terapia por temer os efeitos colaterais e 26% nem chegaram a iniciar o tratamento pelo mesmo motivo.

Para se ter uma ideia da dimensão do preconceito no Brasil, das oito mil pessoas entrevistadas pelo Ministério da Saúde, 22,5% disseram que não comprariam legumes ou verduras em um local onde trabalha um funcionário com HIV e 13% afirmaram que uma professora com Aids não pode dar aulas em qualquer escola.

Prevenção e diagnóstico precoce são fundamentais

Saber do contágio pelo HIV precocemente aumenta a expectativa de vida do soropositivo. Quem busca tratamento especializado no tempo certo e segue as recomendações do médico ganha em qualidade de vida. Além disso, as mães soropositivas têm 99% de chance de terem filhos sem o HIV se seguirem o tratamento recomendado durante o pré-natal, parto e pós-parto.

Por isso, se você passou por uma situação de risco, como ter feito sexo desprotegido ou compartilhado seringas, faça o exame!

O diagnóstico da infecção pelo HIV é feito a partir da coleta de sangue. No Brasil, temos os exames laboratoriais e os testes rápidos, que detectam os anticorpos contra o HIV em até 30 minutos, colhendo uma gota de sangue da ponta do dedo. Esses testes são realizados gratuitamente pelo Sistema Único de Saúde (SUS), nas unidades da rede pública e nos Centros de Testagem e Aconselhamento – CTA.

Os exames podem ser feitos inclusive de forma anônima. Nesses centros, além da coleta e da execução dos testes, há um processo de aconselhamento, antes e depois do teste, para facilitar a correta interpretação do resultado pelo paciente. Também é possível saber onde fazer o teste pelo Disque Saúde (136).

A infecção pelo HIV pode ser detectada com, pelo menos, 30 dias a contar da situação de risco. Isso porque o exame (o laboratorial ou o teste rápido) busca por anticorpos contra o HIV no sangue. Esse período é chamado de janela imunológica.

Tratamento

É feito acompanhamento periódico com profissionais de saúde e a realização de exames. Atualmente, o famoso cocktail é formado inicialmente por três antirretrovirais e o tratamento é iniciado independente do grau de imunidade que o paciente apresenta. Os remédios buscam controlar o HIV pelo maior tempo possível, diminuindo a multiplicação do vírus no corpo e recuperando as defesas do organismo.

Assim pega

Sexo vaginal sem camisinha; sexo anal sem camisinha; sexo oral sem camisinha; uso de seringa por mais de uma pessoa; transfusão de sangue contaminado; da mãe infectada para seu filho durante a gravidez, no parto e na amamentação e instrumentos que furam ou cortam não esterilizados.

Assim não pega

Sexo desde que se use corretamente a camisinha; beijo no rosto ou na boca; suor e lágrima; picada de inseto; aperto de mão ou abraço; sabonete/toalha/lençóis; talheres/copos; assento de ônibus; piscina; banheiro; doação de sangue ou pelo ar.

 

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