Alunos perdem aulas por falta de comida na escola

12/05/2009 – 13h22m

 

*Da Redação, com informações do Bahia Meio Dia
redacao@portalibahia.com.br

 

Estudar ou comer? Esse é o dilema que estudantes de uma escola técnica de Salvador enfrentam por causa da falta de comida na escola. Ou os alunos ficam na instituição, sem comida, ou vão pra casa se alimentar e aí ficam sem estudo. Isso é o que está acontece com estudantes desde o início do ano. O resultado não poderia ser outro: estudo prejudicado e evasão escolar.

As bandejas do refeitório foram parar na porta da Escola Técnica Estadual Luís Navarro de Brito, no bairro da Lapinha. É a terceira semana que a escola não serve o almoço para os 400 alunos da 5ª a 8ª séries, que estudam em tempo integral.

Pela manhã, a aula tem sido normal, mas segundo os professores, desde que os alunos passaram a ser liberados para almoçar em casa, a maioria não volta para a escola. São estudantes que deixam de participar, no turno da tarde, do reforço de português e matemática, das oficinas educativas e profissionalizantes, e das atividades de esporte e lazer.

 

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Alunos faltam aulas por falta de comida em escola na Lapinha

 

Redação do CORREIO

 

Cerca de 400 estudantes da Escola Técnica Estadual Luís Navarro de Brito, no bairro da Lapinha, enfrentam problemas desde o início do ano letivo por causa da falta de comida na instituição, que prejudica o desempenho dos alunos e aumenta a evasão escolar.

 

Há três semanas a escola não serve o almoço para os alunos da 5ª a 8ª séries, que estudam em tempo integral. Porém, após o turno da manhã, quando os alunos são liberados para almoçarem em casa, eles não retornam para a escola.

Segundo a professora, Jaciara Fernandes, dos 400 alunos, “só 10 estão trazendo alimentação” e acabam dividindo com os outros colegas que não sabem se ao retornar para casa acharão algum alimento, e completou “eu também divido a minha alimentação com eles’.

Dobro de alunos

 

No documento entregue à Secretaria Estadual de Educação, no último dia 30, a direção da escola informou que o almoço servido até a primeira quinzena de abril foi feito ainda com dinheiro da verba de 2008. ‘O dinheiro que eles mandaram é a última parcela de 2008 que chegou no início do ano. Essa parcela se baseia no número de alunos que tinha no ano passado e nós dobramos o número de alunos”, relatou a professora Ailza Fernandes.

 

Segundo a professora, ela e membros da comunidade foram recebidos pelo secretário [de Educação], que disse não ter condições de resolver a situação, por causa do problema da era da crise, e que não adiantava pressionar.

(com informações do Jornal Bahia Meio Dia)

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