APLB critica pressão para volta às aulas enquanto cresce o número de casos da síndrome pediátrica ligada ao Covid
O coordenador-geral da APLB-Sindicato, Rui Oliveira, mais uma vez criticou a pressão para a volta das aulas presenciais. A APLB defende um retorno após a vacina, com risco zero de contágio. “Como é possivel pensar em volta às aulas presenciais, num momento em que a ocupação em UTIs pediátricas está aumentando? Seria uma irresponsabilidade colocar crianças e adolescentes nos transportes públicos, nas ruas e nas escolas num momento ainda tão crítico. As crianças e adolescentes, assim como os trabalhadores em Educação devem permanecer em casa, pois o risco de contágio ainda é muito grande. Não vamos permitir!”, alerta Rui Oliveira.
Números de casos aumentam
A Bahia já registra 33 casos e uma morte causada pela a síndrome inflamatória multissistêmica pediátrica temporalmente associada à Covid-19. Em todo o país, de acordo com dados do Ministério da Saúde, são 437 casos da doença e 29 mortos até a primeira semana de outubro.
A síndrome é identificada em crianças e adolescentes, e aqueles com histórico de infecção pelo novo coronavírus têm apresentado mais tendência a desenvolvê-la.
A doença é caracterizada por uma lista com variados sintomas, que incluem febre persistente, problemas gastrointestinais, dor abdominal, conjuntivite, erupções cutâneas, edema de extremidades, hipotensão, dentre outros. Os sintomas respiratórios não estão presentes em todos os casos. O Ministério destaca que em alguns casos há elevação dos marcadores inflamatórios e o quadro clínico pode evoluir para choque e coagulopatia. Em setembro a Secretaria da Saúde da Bahia (Sesab) divulgou pesquisa com dados sobre a doença, que já fez mais vítimas desde então (leia aqui).
Os dados do Ministério da Saúde mostram que há predominância da síndrome em crianças e adolescentes do sexo masculino (53,8%), e crianças menores, nas faixas etárias de zero a quatro anos (38,4%) e de cinco a nove anos (32,0%). Dentre os óbitos, 55,2% foram em crianças de zero a quatro anos.
Na Bahia, 21 casos foram em meninos e 12 em meninas. A maior parte (14) foi registrado em crianças com idade entre cinco e nove anos.
Fonte: Ministério da Saúde
Em agosto o Brasil começou a monitorar, a possível relação entre casos de Síndrome Inflamatória Miltissistêmica Pediátrica (SIM-P) em crianças e adolescentes que possuem entre 7 e 16 anos com a Covid-19. De acordo com o Ministério da Saúde, trata-se de uma medida de vigilância em saúde, que está sendo aplicada em vários países, como Espanha, França, Itália, Canadá e Estados Unidos (EUA) (leia aqui).