Em plenária da APLB, SEC diz que apresentará proposta sobre matriz curricular do Ensino Médio

Em plenária da APLB, SEC diz que apresentará proposta sobre matriz curricular do Ensino Médio

A APLB-Sindicato realizou nesta terça-feira (29/10) a plenária híbrida “Matriz Curricular do Ensino Médio na Bahia 2025” para debater com a categoria a política nacional do Ensino Médio a ser implementada no ano que vem.  Participaram professores, dirigentes da APLB da capital e interior, além de representantes da SEC, NTE-26, Fórum Estadual de Educação (FEE), ABES (Associação Baiana de Estudantes Secundaristas) e Conselho Estadual de Educação (CEE).

“Entidades como a UBES e ABES vêm travando grandes lutas pela revogação do Novo Ensino Médio, modelo de educação atual que está no Brasil. Nós que somos de escola pública não concordamos com o que está imposto. Este modelo que está aí distancia um filho da classe trabalhadora do Enem, distancia os estudantes de escola pública e coloca estudantes de escolas particulares dentro do espaço que é nosso”, disse Lucas Santana, presidente da ABES.

A Secretaria Estadual e Educação (SEC) abriu esta semana um instrumento de consulta pública sobre o tema (veja aqui), que vai até 1º de novembro, para avaliar a reestruturação do E.M. A APLB tem realizado diversas atividades para debater o assunto.

“Nós realizamos um debate de fundamental importância para o momento em que vivemos. Sabemos que a Lei do Novo Ensino Médio –  14945 de 2004 – trouxe alguns avanços, mas há muitas questões que nós não concordamos. Vamos aprofundar a discussão e a APLB irá apresentar as suas proposições, a partir daí, em um documento que será enviado à Secretaria de Educação, com as nossas observações”, disse Marilene Betros, vice coordenadora do sindicato.

Para a diretora de Educação da APLB, Arielma Galvão, “a nova política nacional do ensino médio representa um avanço no quesito de recuperação da carga horária da formação geral básica de 2.400 horas. A gente considera também positiva essa sinalização da SEC por meio da consulta pública. Só que o debate não termina aqui. Vamos acompanhar a consolidação da consulta e continuar dialogando com a rede. Destaco duas falas feitas aqui sobre coordenação pedagógica, de que se não houver uma atenção e um cuidado com este segmento, teremos dificuldade de implementar qualquer instrumento de política pública, seja matriz, seja qualquer instrumento. É preciso atenção para formar, e fortalecer a coordenação pedagógica e dar condições aos trabalhadores(as) de ensino para promover a educação que nós queremos”.

A SEC diz que o objetivo da consulta é construir coletivamente uma estrutura curricular que atenda aos anseios da sociedade.

“A Secretaria Estadual de Educação tem uma missão pós consulta pública de olhar essas contribuições, sistematizar, entender o que a Comunidade Educativa Baiana está falando e pedindo para essa matriz, e aí sim a gente consolida o documento, uma proposta para apresentar ao Conselho Estadual de Educação”, disse Helaine Pereira, representante da SEC.

Os participantes do evento compartilharam experiências sobre o novo modelo, tiraram dúvidas com os palestrantes e expressaram suas opiniões.

“Quero felicitar a APLB. Foi de uma riqueza enorme este trabalho aqui hoje. A consulta pública foi um gesto importante da Secretaria, mas é preciso que depois haja um outro espaço para consolidar o conjunto das contribuições e debater com essas pessoas a proposta de implantação do Novo Ensino Médio em 2025 da Rede Estadual de Educação da Bahia”, avaliou João Danilo, do FEE.

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