EDUCAÇÃO EM RISCO – APLB se solidariza com a greve dos educadores do Paraná contra a privatização da gestão escolar
A APLB-Sindicato se solidariza com a greve dos Trabalhadores em Educação do Estado do Paraná iniciada na última segunda-feira (03/06), com manifestações gigantes em Curitiba e por todo o Estado.”A privatização da Educação no Paraná é uma ameaça à escola pública do Brasil. É um plano-piloto para desqualificar o serviço público e tratar a Educação como mercadoria. Estamos solidários aos trabalhadores e trabalhadoras paranaenses. Temos que resistir!” alerta o coordenador-geral da APLB- Sindicato Rui Oliveira.
O professor Rui aponta que no estado de São Paulo o governador Tarcísio segue a mesma linha ao criar escola cívico-militares e relembra a luta da APLB aqui na Bahia. “O governador Rui Costa tentou fazer isso aqui na Bahia. Foi a APLB-Sindicato que barrou, não deixou passar”, afirma Rui
A CNTE Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação em nota se solidariza ao movimento dos educadores no Paraná e esclarece que a privatização da gestão escolar, representada por esse malfadado PL, foi o estopim da greve iniciada no dia de hoje pelos/as educadores/as da rede estadual de ensino do Paraná que, além disso, por meio de sua APP-Sindicato, também reivindicam o fim do uso abusivo das plataformas digitais nas escolas e a instalação imediata de uma mesa de negociação.
Trata-se de um governo que adora usar nomes bonitos em seus programas e projetos de desmonte da educação e dos serviços públicos, como “Parceiros da Escola”, mas que todos/as já sabem que seus membros odeiam negociar e construir qualquer coisa coletivamente. Só sabem governar sem diálogo e impondo suas vontades, que sempre são as opostas dos interesses do povo. Os inúmeros pedidos de audiência da APP para dialogar com foram categoricamente ignorados.
O centro de Curitiba foi tomado por uma marcha gigantesca formada por professores/as, funcionários/as da educação, estudantes e movimento sociais diversos que, a plenos pulmões, gritavam um contundente NÃO contra o programa “Parceiro da Escola” que o governo de Ratinho Júnior (PSD) tenta impor à sociedade. Trata-se do Projeto de Lei nº 345/2024 que, sem nenhuma parceria com a comunidade escolar, o governo estadual encaminhou para a Assembleia Legislativa do Estado no último dia 27 de maio para fazer aprovar o seu projeto de privatização e terceirização da gestão escolar.
Os deputados do Paraná aprovaram na última quarta (04/06), o Projeto de Lei 345 de 2024, ‘Parceiro da Escola’ de autoria do Governo Estadual, que prevê a terceirização da gestão de 204 escolas estaduais. Foram 38 votos favoráveis e 13 contrários à aprovação da medida. Agora, o projeto segue para sanção do governador Ratinho Júnior (PSD), que celebrou a aprovação na Câmara em suas redes sociais.
A proposta chegou à Assembleia Legislativa do Paraná (Alep) sob regime de urgência na última semana. A votação em primeiro turno aconteceu na última segunda-feira, 3, em meio à manifestações de estudantes, professores e servidores à Alep.
Já na terça-feira, 4, a votação do projeto foi retomada à toque de caixa. Uma subemenda geral apresentada pela Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) foi votada em sessão extraordinária e aprovada por 38 votos a favor e 13 votos contra a medida.
De todo o Brasil, educadores e educadoras se somam em solidariedade ao movimento grevista dos/as companheiros/as do Paraná. Que os recursos públicos da educação se voltem verdadeiramente para a educação pública de sua rede estadual de ensino. Privatizar e terceirizar a gestão escolar, definitivamente, não é solução nenhuma. Educar só por meio de máquinas, computadores e aplicativos não faz uma boa educação. E governar sem dialogar também não pode produzir nada de bom.