39ª Marcha da Consciência Negra da CONEN: Contra o racismo, por mais direitos e democracia!

39ª Marcha da Consciência Negra da CONEN: Contra o racismo, por mais direitos e democracia!

Crédito das fotos: Getúlio Lefundes

A 39ª Marcha da Consciência Negra Zumbi dos Palmares foi realizada hoje (20) em Salvador reivindicando o fim do racismo, mais direitos e democracia. Com cartazes estampando os rostos de lideranças negras assassinadas, como Osvaldão, líder revolucionário da Guerrilha do Araguaia, a vereadora Marielle Franco (PSOL), morta em um ataque a tiros junto com seu motorista, Anderson Gomes, em março, no Rio de Janeiro, entre outros, os manifestantes desfilaram do Campo Grande ao Centro Histórico levando a mensagem do não ao racismo, à intolerância, à desigualdade e da defesa da democracia. A Coordenação Nacional de Entidades Negras (CONEN) é a responsável pela organização da Marcha.

Várias faixas com a frase Lula Livre protestavam contra a prisão política do Presidente Lula. Outras bandeiras da manifestação referiam-se à intolerância religiosa, à violência contra a população negra e às mulheres, à defesas dos direitos sociais e da democracia.

Sempre presente nas lutas e manifestações, políticas, sociais e culturais do povo baiano, a APLB-Sindicato participou de forma ativa da Marcha, com faixas e cartazes alusivos à data e ao momento político vivido pelo país, reafirmando a disposição de continuar na luta por uma sociedade justa, sem racismo, sem opressão, resistindo contra qualquer ataque aos direitos dos trabalhadores e ao estado democrático de direito.

Lavagem da estátua de Zumbi

As comemorações pelo Dia da Consciência Negra em Salvador iniciaram pela manhã, quando ativistas, sindicalistas, grupos culturais e religiosos comemoram a data com um ato político cultural em frente à estátua de Zumbi dos Palmares, na Praça da Sé, no Centro Histórico. A APLB-Sindicato esteve presente ao ato.

Além do líder da resistência contra a escravidão, que comandou uma comunidade de escravos foragidos (quilombo), em Alagoas, no século XVII, morto em 20 de novembro de 1695, o ato político cultural  homenageou também o capoeirista e ativista cultural Moa do Katendê, morto em outubro após uma discussão política. O tema da lavagem deste ano foi: Rebele-se contra as opressões – Môa do Katendê vive!

 Viva Zumbi dos Palmares e todos os heróis e mártires de ontem e hoje que lutaram e lutam pela liberdade e pelo sonho de uma nação que garanta vida digna para todo o seu povo, sem autoritarismo e intolerância!

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