A Centralidade dos Movimentos Sociais na Articulação entre o Estado e a Sociedade Brasileira nos Séculos XIX e XX

A Centralidade dos Movimentos Sociais na Articulação entre o Estado

e a Sociedade Brasileira nos Séculos XIX e XX

Arim Soares do Bem

O texto que se segue irá fazer um contra ponto do texto:

Conceito de Movimentos Sociais Revisitado de:

Karine Pereira Gross e Kelly Prudêncio.

Salvador, 09/09/2007

Mônica Maria Santana Muniz

Introdução

Os movimentos sociais apontam de maneira expressiva um exame da atuação da sociedade e o seu funcionamento. Transpondo a permanência do movimento e das forças sociais, possibilitando determinar as tensões entre diferentes grupos, sendo os seus interesses expostos de maneira clara dentro do complexo processo de desenvolvimento das sociedades. Em determinados momentos históricos os movimentos revela-se como instrumento balizador das necessidades estrutural, em que os focos de insatisfação dos desejos coletivos tornam-se descrição das relações sociais. Não perdendo de vista a questão histórica em que é necessário para compreendê-los e perceber as demandas impostas por intermédio deles.

Vendo nos movimentos sociais que de fato revelam como um norte para a ação social.

Movendo as organizações a fim de institucionalizar juridicamente as suas conquistas, ganhando um campo mais amplo que o local, abrangendo todo o conjunto da sociedade. Vale ressaltar que muitas pluralização e democratização política devem-se a atuação dos movimentos sociais.

Forma e conteúdo dos movimentos sociais no século XIX:

O século XIX demonstra a força dos movimentos sociais mesmo tendo uma grande extensão territorial e falta de um sistema de comunicação eficiente os movimentos sociais alcançaram uma grande unidade incorporando-se aos mesmos. Forças sociais com interesses diversos ou contrários encampando lutas comuns principalmente no que tangem a união de ações nas zonas rurais e urbanas em torno do referido movimento.

Os levantes e revoltas acontecidos neste século embora registrados, a história queira dar como fato isolado e sem cunho social que detinha na sua essência. Vale lembrar que mesmo tendo na sua concepção relação social não detinha um embasamento político-ideologico consistente diferente dos que aconteceram no século XX.

A falta de organização facilitava a dissolução dos movimentos na primeira metade do XIX através das forças legalistas que incriminavam como ações de bárbaros e selvagens, pois não se tinha formalizado uma consciência de classe fazendo assim um movimento frágil e tênue entre vários setores, no entanto não havia direção entre as lutas comuns. A falta de unidade dos movimentos fragilizava fazendo com que a elite se utilizasse destes movimentos como massa de manobra a fim de atingirem seus objetivos políticos criando assim o Poder Moderador buscando ser um conciliador de maneira fictícia da dita harmonia social.

Os movimentos sociais deste século buscaram como pano de fundo um cunho nacionalista em que o lado estético e romântico era muito valorizado levando o Brasil para uma situação entre os brasileiros positiva. Deixando com que os movimentos se esvaziassem e perdessem seu mérito como, por exemplo: a luta dos escravos pela abolição. E os demais movimentos Brasileiros.

A segunda metade do século XIX

O movimento pela libertação dos escravos ocupou boa parte da agenda de lutas sociais na segunda parte do referido século, houve um aparelhamento do estado e consequemente do exército a fim de conter as manifestações populares durante os anos 30e 40 onde a violência tornou-se instuciolnalizada nesta transformação, em principal na década de 70 interpretarmos a vida brasileira dentro da visão nacionalista romântica era de supera todas as discussão a respeito das rebeliões das províncias e demais ações de temas sociais.

Com a penetração do cienfiticismo nos espaços intelectuais no qual derrubou o romantismo dando uma inserção ao realismo social. O positivismo de Darwin muito contribui para fortalecer este campo em consonância com o evolucionismo de Herbert em que ambas separa o homem da sua história. Em se agregando as correntes anteriores à teoria de Albert Schaeffe que entende a sociedade como um conjunto de órgão em perfeito funcionamento e as demais ações eram consideradas por ele como discrepantes.

Estas correntes afastaram o movimento romântico e criou o nativismo que em suma trouxe acoplado ao mesmo o eurocentrismo desprezando todas as sociedades não européias e classificando-as como inferiores.

Silvo Romero exerce forte pressão intelectual sobre o pensamento eurocentrista onde ele classifica o Brasil como raça inferior por conta do processo de miscigenação propõe o processo de branqueamento brasileiro, porem é derrubado este processo com a era Vargas que dentro do processo de nacionalização em que necessita da mão de obra de forma mais geral. Instituído assim o mito da democracia racial usando as praticas assimilacionistas sobre a população afro descendente. Vale ressaltar que neste processo foram instituídas as primeiras relações capitalistas com a variação dos próprios movimentos que em suma, era luta pela libertação dos escravos em dado momento era as transformações políticas, ideológicas e econômicas do próprio movimento positivista denominando-se como “progressistas” como diversos setores políticos e da oligarquia rural da época.

Bom cabe lembrar que este período houve uma grande motivação nas transformações sociais, o capitalismo foi tomando corpo e surgimento de alguns movimentos e também a supressão de alguns como, por exemplo: movimento Messiânico que eclodiram e foi debelado pelo próprio estado no final do século XIX.

As duas primeiras décadas do século XX:

O início do século XX houve uma grande concentração dos movimento sociais na região Centro – Sul onde houve desenvolvimento por parte da economia do café, havendo assim grandes articulação por partes de demandas dos referidos movimentos. No século anterior em que o foco era o escravo e o atual XX. O principal sujeito do conflito norteou-se nos trabalhadores imigrantes, que em suas organizações trouxeram o movimento anarco – sindicalista trazidos em suma imigrantes italianos, porem conviveram com os associações de auxílio mútuo, de caráter político marcante criando assim varias lutas principalmente contra alta de preço dos gêneros alimentícios , reivindicações salariais e mordenização das relações de trabalho. No entanto o movimento anarco sindicalismo viveu em tempo pré-determinado dentro destas duas décadas em que houve seu auge e o declínio. Pois a sua resistência em aceitar toda a forma de poder e organização burocratizada impediu que o mesmo desse uma grande contribuição para a formação da resistência operaria. Com a criação do partido Comunista Brasileiro em 1922 encabeçado por Astrogildo Pereira, teve uma organização política da classe trabalhadora sobre a influencia da revolução russa.

As duas primeiras décadas do século XX foi muito importante para a consolidação dos movimentos sociais no Brasil e também para uma nova racionalidade estatal, em 1910 houve uma grande corrida dos planejadores urbanos em principal no Rio de Janeiro onde o capital estrangeiro teve grande inserção. Vale lembrar que neste mesmo período é grande a mobilização política que antecede a era Vargas em 1917 quando houve a grande greve geral considerando como a mais importante manifestação pública na 1º república.

Os movimentos sociais entre 1930 e 1945:

Entra em cena o projeto liberal e de industrialização na qual devem-se grandes rupturas principalmente com a explosão democrático urbana, o campo tornou-se esvaziados e as cidades inchadas sem infra-estrutura para esta explosão dando – se assim a dicotomia entre o estado e a sociedade no Brasil. Durante este período houve grande polarização política tanto por partes de integrantes da esquerda quanto da direita.

A visibilidade da esquerda brasileira era grande e qualitativo legitimando ações de referido governo Getúlio a fim de cometer “extremismo ideológico”. Onde os militares e o congresso com demasiados apoio acabou por eclodir na 1º ditadura do Brasil em 1937 em que se constitui no estado novo, acabando assim com a mobilização dos movimentos populares e derrubando de vez a constituição anterior de 1934. Na nova constituição de 1937, além de liquidar a autonomia sindical e partidária criara a figura dos interventores para governar os estados.

Os processos de redemocratização iniciado em 1945 e 1964:

Abriu grandes perspectivas para desenvolvimento das varias formas de participação social e sindical, mesmo havendo um grande processo de migração interna, que vieram a repercutir no caus urbano e expansão do capitalismo e instituindo o conceito de clientelismo. Mesmo o clientelismos urbano rompeu a cena política criando diversos movimentos sociais naquele momento ampliando o sistema de comunicação e transporte.

Houve diversos movimentos pela educação. O movimento Nacional desenvolvimentista realizou diversas ações inserido assim o capitalismo no Brasil.

Houve um grande surgimento de sindicatos paralelos aos os oficiais, afim de não se verem atrelados ao ministério do trabalho que teve uma ação mais ampliada com a nova constituição de 1946 que caracterizado com uma das mais liberais do pais, em restabeleceu a independência dos poderes e a autonomia dos estados o direito a greve e regulamenta a organização sindical, pelo impulsionou os militares a fechares o golpe, em que os m o movimentos foi desmantelados.

Os movimentos sociais e mesmo com os desmantelados houve uma grande resistência ao regime, havendo assim diversos movimentos de forma tímidas.

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