Nivaldino Felix: “Um país em crise”
O Brasil hoje passa um momento de crise aguda na economia, diante de uma política de ajuste fiscal, gerando uma série de motivos, o que tem atrofiado o país. Os trabalhadores têm sofrido os impactos dessas medidas: quando o governo federal adia o pagamento do abono do PIS e PASEP; quando reduz de forma absurda os recursos para a educação e a saúde; além de elevar sistematicamente as taxas dos juros e ao mesmo tempo privatiza e também flexibiliza os direitos dos trabalhadores.
Diante desse cenário o governo federal anuncia de forma triunfal o “Programa de Proteção” ao emprego que consiste em reduzir o salário dos trabalhadores em troca de manutenção do emprego, isso faz lembrar o Decreto Lei 4.963/65 do regime militar que autorizava os patrões a reduzir o salário dos trabalhadores, e a mesma lei dizia que antes dessas medidas os patrões deveriam discutir com os trabalhadores, esta lei era até mais avançada do que a Medida Provisória 680/15, que o atual governo impõe.
Não consultam os trabalhadores e estas atitudes dizem claramente aos trabalhadores e operários do campo e das cidades que os patrões podem reduzir os seus salários no momento que quiser, basta alegar dificuldades financeiras.
Com isso as empresas podem de forma autoritária cortar os salários dos trabalhadores, sem consultar, em até 30%%, basta alegar dificuldade econômica, com isso podemos dizer que os avanços conquistados nos anos anteriores foram pedidos. E com isso os trabalhadores voltam paulatinamente à condição de semiescravos.
Sabemos que nosso governo é dependente de capital externo, isso é um problema histórico já que o Brasil é um país dependente. Os economistas burgueses apontam como remédio intensificar as transações correntes com o Exterior, estimulando a entrada de mais capital estrangeiro, equilibrando assim o balanço de pagamento, isto nunca deu certo no Brasil, se formos observar, os arrochos fiscais que foram feitos nos governos de Sarney, Collor e FHC. Estes planos econômicos nunca beneficiaram os trabalhadores, muito pelo contrário, perderam direitos. Mesmo leigo em economia podemos afirmar que mesmo no âmbito do capitalismo o Brasil tem outras saídas para estas crises na economia entre uma série de medidas que poderiam ser tomadas: redução dos juros, taxação de grandes fortunas, não pagamento dos juros e amortizações das dívidas interna e externa, que já chegam a três trilhões de reais, e reforma agrária.
Todos os acordos que os governos dos países emergentes fazem com o grande capital, esta lá dizendo que estes governos têm que investir em infraestrutura, isto é o sinal que está obrigando o país à privatização, para que ele o capital estrangeiro, possa se beneficiar disso, já que o Brasil não tem uma lei que determine o percentual que possa sair do país, o que acontece é que uma empresa estrangeira leva todo seu lucro para exterior, muitas até com exceção de impostos.
Com a pressão popular o governo de Dilma foi que na história do país que colocou muitos abastados brasileiros no xadrez, através da operação lava jato. Mesmo que eles não levam muito tempo no xadrez, mas só pelo constrangimento vale a pena ver estes usurpadores do dinheiro público algemados.
Enquanto isso, a direita tenta desestabilizar o país, pedindo a queda da presidente Dilma, que foi eleita com 54 milhões de votos, esta manifestações tem atraído os mais reacionários grupos fascistas, que tentam convencer o povo de que é necessária a volta da ditadura militar. Estão programando para o dia 16 mais uma manifestação cujo alarido é derrubar o governo, e trazer para o cenário político a volta da direita, como salvadora da pátria.
VIVA A DEMOCRACIA!
VIVA O SOCIALISMO!
NIVALDINO FELIX
DIRETOR DE IMPRENSA DA APLB-SINDICATO
POETA E COMPOSITOR